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Caminhos e Escolha


Sim, a experiência com os espinhos serviu para que ela convivesse com as rosas sem se importar com eles. Ela ficou forte e as crostas rígidas em seus pés fora seu alicerce; ela não precisava mais de escudo, no mundo das rosas os espinhos são degraus. Quando ela compreendeu isto sua visão mudou; vivia arranhada, sangrando, armada e enfadada. Um dia ela olhou para cima e avistou algo diferente era algo colorido e perfumado, então, ela encarou os espinhos de forma indiferente. Como passara algum tempo de sua vida se ferindo sem entender o que estava fazendo, desta vez ela concentrou, analisou e percebeu que se escalasse aquele enorme paredão de espinhos que ela havia construído para si, algo novo iria encontrar. Mais do que de pressa ela largou o escudo, amarrou a barra do vestido e subiu cuidadosamente. Seus pés haviam ficado fortes, as solas eram rígidas e os espinhos; ela conhecia a todos, já não a machucavam mais. Quando chegou ao topo, se deparou com pétalas macias e perfumadas; ela se alimentou de néctar e matou sua sede com as gotas de água trazidas pelo orvalho. Naquele dia ela foi liberta, já estava preparada.
Raquel Marra

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Raquel...!! Que bom que voltou a escrever em seu blog... Mais tarde vou ler... Bom mesmo!! Bj. Auricélai.

Anônimo disse...

Acabei lendo hoje mesmo... Confesso que sua crônica/conto despertou-me do sono e repito: Menina raquel, vc tem que mostrar seus escritos e escrever mais e mais... nasceu com esse dom... muito bonito mesmo!!! Auricélia.

Raquel Marra disse...

Obrigada Auri, vou continuar sim. Não quero deixar de escrever nunca. Bjo querida.

Elma Carneiro disse...

Beleza Raquel.
Gostei de ver que voltou, faça sempre isso sempre que que inspiração aflorar.
Bjooo

Editor disse...

E ai menina! Te vejo por aqui!

Edrin disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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